A NOSSA REGIÃO

A região Távora-Varosa é reconhecida pelo seu patrimómio único, onde, no século XII, os Monges de Cister construiram Mosteiros como o de São João de Tarouca.

Os dois rios, Távora e Varosa dão o nome à região que reúne os concelhos de Moimenta da Beira, Sernancelhe, Tarouca e ainda algumas freguesias dos concelhos de Penedono, São João da Pesqueira, Tabuaço, Armamar e Lamego.

Com características edafo-climáticas únicas, as suas vinhas estão plantadas em solos graníticos, solos litólicos e solos de transição, reunindo excelentes condições para a criação de vinhos geralmente frescos, e com teores de acidez ideais para a produção dos melhores vinhos e espumantes nacionais.

A região Távora-Varosa é reconhecida pelo seu património único, onde, no século XII, os monges agrónomos de Cister construíram Mosteiros como o de São João de Tarouca. O triângulo monástico do Vale do Varosa completa-se com a construção do Mosteiro de Santa Maria de Salzedas no século XIII e a construção do Convento de Santo António de Ferreirim, concelho de Lamego, da Ordem de São Francisco no século XVI, onde a vinha e a produção de vinho assumiam um papel de relevo na economia da região. A história de produção de vinhos nesta região está assim estritamente ligada não só às características da sua geografia mas também com a chegada dos Monges de Cister à região construindo mosteiros e igrejas e plantando as primeiras vinhas na zona que hoje se designa por DO Távora – Varosa. Daí a designação do Vinho com designação geográfica de vinhos de Cister.

Região nobre de grandes extensões de vinhedos, foi a primeira região a ser demarcada para espumantes em Portugal em 1989 e aqui nascem alguns dos melhores espumantes nacionais, a par dos aromáticos e frutados vinhos tranquilos, brancos, rosés e tintos.

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CASTAS

Tintas

Suscetível ao desavinho no período da floração. Elevada variabilidade da qualidade enológica e intensidade da cor, conforme fatores de redução da produção, tais como condução, fertilização, escolha de porta enxertos e monda de cacho no período de pintor. Indicada para maceração carbónica, ótima aptidão para vinho nobre de barrica.

A casta Pinot Meunier é uma das muitas mutações da Pinot Noir. É uma casta tinta que apresenta bagos pequenos e cachos compactos.
Tem um abrolhamento tardia, mas uma maturação precoce característica que faz a variedade apresentar boa resistência a pragas e doenças.
Apresenta bagos pequenos e cachos compactos. Os seus vinhos são bastante frutados e apresentam bons níveis de acidez, açúcar e álcool.

A Pinot Noir é uma das uvas mais complexas do mundo do vinho. Manuseá-la nas vinhas exige muito trabalho e, para prová-la, é necessário uma compreensão diferente das que temos normalmente sobre outros vinhos tintos. A Pinot Noir produz vinhos com mais aromas e uma elegância que não consegue ser alcançada por nenhuma outra uva. A Pinot Noir necessita de clima frio e tem maturação mais rápida. Não há como negar que, tanto no processo de desenvolvimento da vinha quanto no processo de vinificação, essa uva requer muito mais trabalho e dedicação se comparada com qualquer outra que produz vinhos tintos.

Reconhece-se pelo seu elevado vigor e pelo comprimento de algumas varas. Apresenta o perigo de atingir estado de sobre maturação precoce, devido a desidratação através da fina pelicula dos seus bagos. Casta de produção elevada.

Reconhece-se facilmente pelas folhas verde-escuro, com enrugamento pronunciado e a forma tipo Touriga. Casta produtiva, com elevada intensidade corante, especialmente para lote. A resistência do cacho ao calor permite que a uva amadureça sem grande estrago.

Casta de grande valor enológico em zona quente, com elevada intensidade das componentes de cor, aroma e elevada complexidade. Boa aptidão para envelhecimento em madeira, produzindo vinhos de elevada qualidade.

Brancas

A casta Bical apresenta cachos de tamanhos médio a grande, constituídos por bagos também médios de cor verde-amarelada.
Os seus vinhos apresentam cor citrina e aroma frutado com alguma intensidade, revelando a sua frescura quando são provados, demonstrando o equilíbrio entre o álcool e a acidez.
Prefere solos medianamente férteis, mas pouco argilosos e calcários. Mostra-se exigente nas intervenções em verde, e requer podas longas. 

Casta tradicional do nordeste do país, de muita boa produtividade e aptidão cultural. Enologicamente, tem características de boa acidez em condições edafo-climáticas adequadas. Porém, em solos férteis e com elevada disponibilidade hídrica, o vinho não se apresenta muito favorável.

Originária de França, Borgonha; é talvez a mais conhecida das castas brancas. É de fácil cultivo, adaptando-se a diferentes climas e solos, daí a sua elevada distribuição pelo mundo, Origina vinhos branco dourado, fortemente influenciado pela madeira. É uma das castas mãe na produção do champagne e vinhos espumantes.

Casta de maturação média e de cachos grandes e compactos, cujos bagos apresentam um tamanho médio, de cor amarelada.
Os seus vinhos apresentam-se com aromas complexos, com uma elevada intensidade de aromas frutados (frutos tropicais) e florais. Na boa mostra-se pouco ácida, mas bastante aromática e persistente. 

Caracteriza-se por originar vinhos de cor citrina com aromas complexos, frutados e florais. Na boca mostra-se bastante equilibrada.
Dispõe-se em cachos médios com bagos pequenos e de cor verde amarelada.
Apresenta boa adaptação a diferentes climas e solos, muita flexibilidade, mas deve-se evitar zonas de seca acentuada (stress hídrico elevado).

A casta é caracterizada por cachos pequenos cilindro-cónicos e compactos, de cor verde-amarelada e de pelicula fina. Esta videira é pouco influenciada pela falta ou abundância de água, oferecendo assim grande capacidade de resistência ao clima.
Os vinhos produzidos pela Terrantez são bastante perfumados, encorpados e de sabor persistente. Apresentam um sabor mineral com uma acidez abundante. 

Casta muito precoce. Excelente relação álcool – acidez. Vinhos de elevada qualidade.

Casta europeia de muita tradição, e grandes plantações velhas ainda existentes, mas quase sem novas plantações. Enologicamente, de interesse para vinho e espumante de qualidade.

Variedade de uva que possui cachos de tamanho médio, compactos e cilíndricos, enquanto os bagos são ligeiramente ovais e pequenos.
Os seus vinhos apresentam-se encorpados e ácidos, demonstrando boa capacidade para evolução. São bastante aromáticos e apresentam cores amarelas pálidas com reflexos verdes. 

Variedade branca de cachos médios e bagos pequenos de coloração verde-amarelado. Origina vinhos de cor clara onde os tons amarelo-esverdeados estão presentes. Em termos aromáticos é uma casta frutada (ananas, pêssego e pera), onde se destacam os aromas cítricos, nos seus vinhos também é usual encontrar aromas minerais. São vinhos pouco alcoólicos e com elevada acidez.

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Apresenta-se em cachos médios, com mediana compacidade, cujos bagos são de tamanho médio e uniforma, com cor verde-amarelada, de polpa rija e suculenta.
Produz vinhos bastante aromáticos, florais e frutados (citrinos e tropicais), tendo tendência para oxidar. Ao sabor, os vinhos desta casta mostram algum acídulo, com características frutadas
A casta representa 4% do encepamento da região.

Casta cujos cachos se apresentam pequenos e de dor verde-amarelada.
Produz vinhos de aspeto cítrico, com aromas de frutas exóticas, bem estruturado e equilibrado, apresentando boa aptidão para o envelhecimento.
Casta adaptada a todos os tipos de solo, sendo preferíveis zonas com algum stress hídrico por forma a não estimular o vigor e consequentemente o desavinho.